O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca em Washington, DC, em 31 de março de 2017
Os Estados Unidos querem continuar pressionando Pequim para que "aja" contra o programa nuclear da Coreia do Norte, mas Donald Trump advertiu que, caso contrário, Washington "resolverá" o problema sem a ajuda chinesa.
O presidente disse que está pronto para "resolver" sozinho o problema norte-coreano sem a ajuda da China, em declarações publicadas neste domingo pelo Financial Times.
"Se a China não solucionar [o tema] Coreia do Norte, nós o faremos", afirmou o presidente americano com a intenção evidente de mostrar sua determinação e firmeza antes de receber o presidente chinês, Xi Jinping.
Questionado se Washington poderá atuar sozinho, sem esperar a ajuda da China, Trump respondeu: "absolutamente", embora não tenha dado mais detalhes.
"A China decidirá se irá nos ajudar ou não com a Coreia do Norte [...]. Se não o fizerem, não será bom para ninguém", acrescentou o presidente em sua entrevista ao jornal britânico.
Mais cedo, a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, declarou em uma entrevista divulgada pela emissora ABC que "o único país que pode parar a Coreia do Norte é a China, e eles sabem disso".
"Devem agir e nós continuaremos pressionando a China para que ajam", afirmou.
O presidente chinês estará na próxima quinta e sexta-feira na Flórida para se reunir com o presidente Donald Trump em sua residência de Mar-a-Lago.
Trata-se do primeiro encontro entre ambos os presidentes.
Trump disse na quinta-feira no Twitter que este encontro será "muito difícil", devido principalmente às diferenças comerciais entre as duas grandes potências.
Pequim já anunciou o fim de suas importações de carvão da Coreia do Norte, conforme as sanções da ONU que buscam obrigar Pyongyang a renunciar aos seus programas de armas nucleares e balísticas.
Haley considerou que essa medida era insuficiente. "Sabemos que [o carvão] entra por outros meios.
Queremos ver medidas fortes por parte da China para condenar a Coreia do Norte, e não só palavras".
O ex-secretário da Defesa Ash Carter, que desempenhou a função durante a administração de Barack Obama, disse que os Estados Unidos "sempre tiveram todas as opções sobre a mesa". Em declarações à ABC, recordou que Washington preparou, em 1994, "um plano de ataque preventivo" para destruir o reator de Yongbyon, na Coreia do Norte, durante um confronto por seu programa nuclear.
"Temos essas opções", disse. "Não deveríamos retirá-las da mesa", opinou. Entretanto, explicou que um ataque dos Estados Unidos contra a Coreia do Norte provavelmente desencadearia uma tentativa de Pyongyang de invadir a Coreia do Sul. "Seria uma guerra que teria uma violência [...] sem precedentes desde a última guerra da Coreia".
"Seul está justamente na fronteira da Zona Desmilitarizada [entre as duas Coreias], de modo que ainda que estejamos certos do resultado, seria uma guerra muito destrutiva. Assim, temos que proceder com muito cuidado", acrescentou.
AFP
Os Estados Unidos querem continuar pressionando Pequim para que "aja" contra o programa nuclear da Coreia do Norte, mas Donald Trump advertiu que, caso contrário, Washington "resolverá" o problema sem a ajuda chinesa.
O presidente disse que está pronto para "resolver" sozinho o problema norte-coreano sem a ajuda da China, em declarações publicadas neste domingo pelo Financial Times.
"Se a China não solucionar [o tema] Coreia do Norte, nós o faremos", afirmou o presidente americano com a intenção evidente de mostrar sua determinação e firmeza antes de receber o presidente chinês, Xi Jinping.
Questionado se Washington poderá atuar sozinho, sem esperar a ajuda da China, Trump respondeu: "absolutamente", embora não tenha dado mais detalhes.
"A China decidirá se irá nos ajudar ou não com a Coreia do Norte [...]. Se não o fizerem, não será bom para ninguém", acrescentou o presidente em sua entrevista ao jornal britânico.
Mais cedo, a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, declarou em uma entrevista divulgada pela emissora ABC que "o único país que pode parar a Coreia do Norte é a China, e eles sabem disso".
"Devem agir e nós continuaremos pressionando a China para que ajam", afirmou.
O presidente chinês estará na próxima quinta e sexta-feira na Flórida para se reunir com o presidente Donald Trump em sua residência de Mar-a-Lago.
Trata-se do primeiro encontro entre ambos os presidentes.
Trump disse na quinta-feira no Twitter que este encontro será "muito difícil", devido principalmente às diferenças comerciais entre as duas grandes potências.
Pequim já anunciou o fim de suas importações de carvão da Coreia do Norte, conforme as sanções da ONU que buscam obrigar Pyongyang a renunciar aos seus programas de armas nucleares e balísticas.
Haley considerou que essa medida era insuficiente. "Sabemos que [o carvão] entra por outros meios.
Queremos ver medidas fortes por parte da China para condenar a Coreia do Norte, e não só palavras".
O ex-secretário da Defesa Ash Carter, que desempenhou a função durante a administração de Barack Obama, disse que os Estados Unidos "sempre tiveram todas as opções sobre a mesa". Em declarações à ABC, recordou que Washington preparou, em 1994, "um plano de ataque preventivo" para destruir o reator de Yongbyon, na Coreia do Norte, durante um confronto por seu programa nuclear.
"Temos essas opções", disse. "Não deveríamos retirá-las da mesa", opinou. Entretanto, explicou que um ataque dos Estados Unidos contra a Coreia do Norte provavelmente desencadearia uma tentativa de Pyongyang de invadir a Coreia do Sul. "Seria uma guerra que teria uma violência [...] sem precedentes desde a última guerra da Coreia".
"Seul está justamente na fronteira da Zona Desmilitarizada [entre as duas Coreias], de modo que ainda que estejamos certos do resultado, seria uma guerra muito destrutiva. Assim, temos que proceder com muito cuidado", acrescentou.
AFP
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