Em resposta à multa de 4,34 bilhões de euros (19 bilhões de reais) dada pela União Europeia, o Google postou em seu blog nesta quarta-feira que a medida pode fazer com que o sistema Android deixe de ser gratuito por inviabilizar financeiramente suas operações.
A empresa foi acusada de fazer uso de práticas anticompetitivas ao forçar fabricantes de smartphones a adotarem o sistema e incluírem aplicativos e serviços da empresa em seus produtos.
“Até agora, não tivemos de cobrar dos fabricantes de telefones pela nossa tecnologia. Estamos preocupados que a decisão de hoje venha perturbar o equilíbrio cuidadoso que atingimos com o Android e que isso prejudique sistemas de plataforma aberta“, escreveu Sundar Pichai, CEO da empresa.
Segundo o executivo, é por meio dos aplicativos pré-instalados no sistema, como a Play Store, que o Google ganha dinheiro e custeia a manutenção e atualização do Android.
Ao contrário da Apple, que não permite que seu sistema iOS seja adaptado para dispositivos produzidos por outros fabricantes, o Google adota a estratégia de plataforma aberta e disponibiliza o Android para outras empresas.
“Essas práticas [anticompetitivas] subtraem dos rivais a chance de inovar e competir de forma meritocrática. Elas negam aos consumidores europeus os benefícios da competitividade”, disse Margrethe Vestager, comissária de competitividade da UE.
Além da “ameaça” pelo fim da gratuidade do Android, o Google prometeu recorrer contra a multa da União Europeia e argumentou que o sistema Android ajudou a expandir a competição.
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