Vista como uma ameaça a outras religiões ou tradições, comemoração da data e os seus símbolos chegam a ser proibidas em vários locais
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O Natal, uma das datas cristãs mais celebradas do mundo, ainda causa muitas controvérsias em diversos países. Visto como uma ameaça a outras religiões ou tradições, a comemoração da data e os seus símbolos, como o Papai Noel, chegam a ser proibidas em vários locais.
Alguns países da Ásia desencorajam a celebração, regulam ou até mesmo proíbem, ainda que comunidades cristãs vivam nessas localidades.
O governo da Coreia do Norte, por exemplo, não permite nenhuma celebração religiosa para os cristãos. A data que deve ser celebrada pelos habitantes do país, segundo os seus líderes, é o nascimento da "Mãe Sagrada da Revolução", a mãe do ex-líder Kim Jong-il.
Lembra a 'BBC' que, em 2013 e 2014, as Coreias do Norte e do Sul se desentenderam depois que a segunda construiu uma árvore de Natal na fronteira entre os países.
Já na China, comemorações natalinas - assim como o Cristianismo - são proibidas desde a revolução socialista. Ainda assim, os cristãos comemoram timidamente. Apesar de clandestina, a igreja católica chinesa tem apoio do Vaticano e o número de fieis cristãos se multiplicou na última década, segundo estimativas não-oficiais às quais a 'BBC' teve acesso.
A Somália, o Tajiquistão e Brunei, todos na Ásia, possuem duras restrições aos símbolos e tradições natalinas há dois anos. No Tajiquistão (país de maioria muçulmana) é proibido ter árvores de Natal (naturais ou artificiais), fogos de artifício, ceias natalinas e troca de presentes. O Papai Gelo, equivalente russo ao Papai Noel, foi proibido até nas televisões.
Brunei proibiu celebrações em público. Quem for flagrado usando chapéus de Papai Noel, cantando hinos religiosos e colocando decorações temáticas pode ser multado ou preso. Violar a proibição, que inclui usar símbolos religiosos como cruzes, acender velas, cantar músicas religiosas e até dizer "Feliz Natal", pode render até cinco anos de prisão. Residentes cristãos podem celebrar, mas não "excessivamente e abertamente", orienta o governo.
Em 2015, a Somália também proibiu a celebração do Natal e do Ano Novo. Para o governo do país, as datas "não têm nada a ver com o Islã" e por isso não devem ser celebradas no país.
Na Arábia Saudita, o Natal não chega a ser oficialmente proibido, mas as comemorações são desencorajadas. Uma regulamentação proíbe "sinais visíveis" da festa. O descumprimento desta regra fez com que 41 cristãos fossem presos em 2012.
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